segunda-feira, 19 de abril de 2010

Variedades

Keira Knightley atua em curta-metragem de graça



19/04/2010


Keira Knightley não recebeu um tostão para atuar em Maze, curta-metragem de dez minutos. Este foi o primeiro trabalho como diretor de Stuart Pearson Wright, com o modesto orçamento de 23 mil dólares.

"Gosto muito da ideia de fazer algum trabalho puramente criativo, estranho, fantástico e sem qualquer fim comercial", justificou Knightley ao jornal Independent.

"Eu e Stuart trocamos as ideias sobre o filme por e-mail, as desenvolvemos em seu estúdio e, eis o resultado, que é a colisão de nossos mundos".


Knightley já foi indicada ao Oscar por sua atuação em Orgulho e Preconceito, além de ter participado de A Duquesa e Amor Extremo. Neste ano, poderá ser vista em Last Night.


Kristen Stewart comenta sobre o amadurecimento de sua personagem ao longo da saga "Crepúsculo"


As filmagens de Crepúsculo começaram em abril de 2008. Eclipse, por sua vez, terminou de ser rodado em outubro do ano passado.

Neste meio tempo, que obviamente incluiu a realização de Lua Nova, nada mais natural que Bella, a protagonista, sofra mudanças, bem como a sua intérprete, Kristen Stewart, que passou a enxergá-la de maneira diferente.


"Não fui tão torturada quanto em Lua Nova", disse, comparando o segundo longa da saga com o terceiro. "Bella realmente sabe o que quer em Eclipse. Ela não é mais uma jovem tola falando porque está apaixonada".
Isso não significa que, em Eclipse, a atriz não enfrentará desafios. Apesar de Bella ter amadurecido ao longo da saga, ela recua no terceiro longa, quando Jacob se aproxima dela mais do que deveria.

Atenção! O conteúdo a seguir apresenta spoilers.

"Eu me senti muito estranha em beijar uma outra pessoa na pele da Bella. Eu pensava, ´Que diabos você está fazendo?´", disse. "Foi uma experiência incomum, como deveria ter sido".

Essa cena foi difícil, pois Stewart enxerga Lautner como um irmão mais novo, e também porque ela sabe muito bem que Bella ama Edward de verdade.

A estreia internacional de Eclipse será em 30 de junho.
 

Equipe de As Melhores Coisas do Mundo conta sobre o processo de criação do filme.

Pipoca em punho, olhos na tela. Ao assistir a um filme pode-se estabelecer com ele relações distintas. Pode haver uma identificação quase imediata com a história, na qual nos vemos e nos projetamos. Há também a possibilidade de experimentar e se emocionar com uma realidade que não é a nossa. E esses dois movimentos não acontecem apenas do lado de cá da telona. É assim também para os atores que dão vida aos personagens, sejam eles velhinhos em salões de baile ou adolescentes no colegial. A última opção é a que acontece em As Melhores Coisas do Mundo, da diretora Laís Bodanzky, que estreia amanhã.

Uma das principais preocupações de Bodanzky era falar sobre os jovens utilizando, para isso, a linguagem deles. Ela contou que desde que assumiu o projeto percebeu que deveria realizar um intenso trabalho de pesquisa, assim como havia feito em seus filmes anteriores, Bicho de Sete Cabeças, de 2001 e Chega de Saudade, de 2008.

Lais aponta a necessidade de mergulhar no universo da história e conhecer os personagens que o habitam. Por isso a necessidade de um trabalho próximo, principalmente quando vai retratar uma realidade que não lhe pertence. "A gente tem que enganar o especialista. Quando você engana o especialista, você engana qualquer um", brinca.

"Quanto mais a gente pesquisava, mais ficava claro que a gente tinha que fazer com eles", comenta a diretora, se referindo aos jovens das escolas de São Paulo, com quem trabalhou de perto. "Nós abrimos o roteiro para comentários e críticas, e havia total liberdade de chegar para mim e falar ´Olha, ninguém fala assim´. Eu queria que tivesse a linguagem deles, que eles se reconhecessem na tela", afirma.

Em um outro universo

Em um filme que tem como objetivo mostrar a realidade do jovem brasileiro de classe média, a opinião dos jovens foi importante para a realização do longa. "Nada mais natural que o título fosse escolhido de um jeito democrático, usando a ferramenta deles, que é a internet", argumenta Bodanzky. O título da obra foi colocado em votação na internet, assim como o cartaz de divulgação do filme.

Todo o processo de construção da história ocorreu juntamente com a pesquisa realizada nas escolas. Já havia uma versão preliminar do roteiro, mas ele só foi finalizado cerca de uma semana antes das filmagens. Bodanzky afirma que muito do que aconteceu durante a pesquisa foi incorporado ao roteiro.

Mas ela faz questão de salientar que, apesar de ter sido inspirada pela visão dos jovens, as decisões não foram tomadas simplesmente a partir da aprovação deles. Tudo passou pelo crivo dela, do roteirista Luiz Bolognesi e pela equipe de produção.

A inserção da visão coletiva no projeto não comprometeu a visão artística que ela tinha sobre ele, apenas acrescentou mais valor. Segundo a diretora, foi tudo muito enriquecedor. "Muito do que eles já são no dia a dia interessava para os personagens. Claro que eles são diferentes. Mas o universo, a maneira de se vestir, a maneira de falar, de expressar os sentimentos, tudo isso é parecido com o cotidiano deles. Eles emprestaram muito da vida pessoal deles para o filme", revela.

Primeiras viagens

Primeiro dia de preparação. Quando menos esperava, se deparou com uma sala cheia de adolescentes e recebeu a instrução "agora, conduza a turma". O ator Caio Blat conta que foi assim o começo dos esforços conduzidos pelo preparador de elenco Sérgio Penna. Eles já haviam trabalhado juntos em Batismo de Sangue, e a experiência havia sido parecida: como um mergulho de cabeça no desconhecido - o que traz ótimos resultados.  

Caio Blat contou como se virou para desempenhar o papel até então estranho para ele. Tinha que construir ali uma figura de respeito, que conhece o suficiente de um assunto para poder falar sobre ele. Passado o choque inicial de ter que colocar ordem na sala de aula, buscou em sua própria experiência uma forma de lidar com os jovens e falou então do trabalho como artista.

Até pouco tempo atrás, Caio Blat e Paulo Vilhena causavam muito barulho - de gritos adolescentes. Agora, o contexto se inverte e eles passam a ocupar papéis mais maduros, virando figuras de autoridade na telona. "Enquanto a gente assistia a pré-estreia do filme em São Paulo com a sala repleta de adolescentes, estávamos eu e o Paulo Vilhena, a gente se olhou e falou ´Cara, a gente é o tiozinho dessa turma´", brinca Blat. Vilhena ensina música e Caio interpreta um professor que tem um relacionamento próximo dos alunos, o que acaba levando à suspeita de seu envolvimento com uma das estudantes.

Ele conta que houve uma grande preocupação da equipe de produção em tratar esse assunto de forma cuidadosa, sem julgar o personagem, e deixar ao público problematizar a sua conduta. Foi com a mesma preocupação que todo universo que vemos na tela foi construído, e que se deu todo o trabalho com o elenco jovem e estreante.

Até 2008, Francisco Miguez era "apenas" um estudante comum. As Melhores Coisas do Mundo marca sua estreia em frente às câmeras e com o importante papel de protagonista da história. Mas o peso da função ou a pressão da responsabilidade não foram sentidas pelo jovem ator como fatores negativos. De acordo com ele, não houve nenhuma pressão por ser ´o protagonista´ do filme. "Não era assim, eu nunca estava sozinho", explica. Ele contou que todo o processo foi realizado com um grupo grande de atores e que eles se mantiveram muito unidos.

Seu envolvimento com o longa ocorreu antes mesmo dele ter sido escolhido como o jovem que viveria o personagem principal. Miguez estava entre os 2.500 estudantes testados para integrar o elenco. Antes disso, ele também tinha participado de mesas redondas e grupos de discussão que foram realizados durante as pesquisas sobre o universo adolescente.
A trilha sonora de As Melhores Coisas do Mundo



Se um dos aspectos abordados no filme é a adolescência como um momento repleto de novas experiências, nada melhor do que uma outra "primeira vez" para embalar a trilha sonora desses jovens.

Pela dificuldade de obter direitos autorais, nunca antes uma música dos Beatles havia entrado para trilha sonora de um filme nacional. A escolhida foi Something, escrita por George Harrison. Inclusive, o produtor musical do longa, Eduardo Bidlovski, o BiD, acredita que o fato de ter sido escrita por um beatle menos popular pode ter facilitado a autorização para o uso da canção.

Assim como diversos elementos do filme, a escolha do grupo britânico não foi gratuita. A banda foi apontada como uma unanimidade na playlist dos jovens entrevistados durante as pesquisas para realização do longa. Something surge em diversos momentos, e tem um significado para o personagem de Francisco Miguez, bem como para a narrativa.

Todas as músicas que compõem a trilha sonora foram pensadas de acordo com o público. Ao todo, haviam cerca de 200 canções que combinavam com o perfil do longa, das quais as mais apropriadas foram escolhidas.

BiD conta que essa é uma preocupação durante todo trabalho de produção musical. "O som deve complementar, e não competir, com a cena", explica. Ele comenta ainda que diferentes trilhas podem conferir a uma sequência significados totalmente diferentes.

























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